Carreira

10 Erros Mais Comuns em um Currículo

Essa semana alcançamos o marco de 5000 currículos analisados e traduzidos para o inglês! Agradecemos muito a esses 5000 clientes que nos prestigiaram e nos confiaram essa tarefa tão importante.

Foram 5000 currículos de profissionais dos mais variados níveis hierárquicos (de estagiários a presidentes de empresas), das mais variadas áreas (marketing, jurídico, atendimento ao cliente, operações, engenharia, vendas, recursos humanos, TI, administrativo, médico, finanças etc), e das mais diversas indústrias (farmacêuticas, bens de consumo, automobilísticas, bancos, consultorias, entretenimento, auditorias, varejo, franquias, transportes, construção, engenharia, mineração, alimentos, química etc).

Durante esse período, percebemos que alguns erros se repetiam em muitos currículos. Talvez seja por que a maioria das pessoas acaba pegando o currículo pronto de algum amigo, e segue o mesmo padrão, somente mudando as informações. Ou seja, um currículo acaba se proliferando.

Para evitar que isso aconteça, veja aqui os 10 erros mais comuns num currículo e se atente para fazer diferente no seu, para que ele se destaque na sua próxima candidatura e aumentar as suas chances de conquistar aquele emprego dos sonhos!

  1. Informações desnecessárias no cabeçalho:

As informações que devem conter no cabeçalho são: seu nome completo, endereço (se preferir, pode colocar somente a cidade e estado), telefone e e-mail. Aqui no Brasil, é comum colocar nacionalidade, estado civil e idade também. Mas caso esteja enviando um currículo para outros países, verifique qual a prática desses países, ok?

Pois em lugares como os Estados Unidos, não se deve colocar nacionalidade, estado civil nem idade, pois isso pode dar abertura para algum tipo de preconceito, e eles são super rígidos em relação a isso! Na verdade eu concordo plenamente com isso. Não acho certo um profissional ser excluído de um processo seletivo por sua nacionalidade, idade ou estado civil. Mas vou deixar isso como tópico para um outro artigo, pois essa discussão vai longe.

Não perca seu tempo, nem espaço precioso do currículo colocando outras informações, como filiação (gente, colocar nome do pai e da mãe para quê no currículo?), RG, CPF, religião, etc.

E foto? Coloque somente se pedirem. Ah, e uma foto profissional, por favor. Nada de selfie mandando beijinho, e muito menos aquela foto de biquíni ou sunga na praia hein!

  1. Encher linguiça no campo de Objetivo:

Se você já teve que contratar alguém, certamente já deve ter visto aquelas frases poéticas e de efeito no Objetivo do currículo, algo como:

“Objetivo: Ingressar na sua estimada empresa, para que eu possa contribuir e colaborar com seu crescimento e bla-bla-bla-bla”

Não gente, o campo Objetivo deve ser simplesmente o nome do cargo ao qual você está se candidatando, aquele que está no anúncio da vaga! Por exemplo:

“Objetivo: Head de Vendas e Marketing”

Pronto! Acabou. Não precisa ficar enrolando muito aqui, ok?

Ah, mas e se eu estiver enviando para os meus contatos, e não sei qual vaga está disponível?

Se for esse o caso, então coloque o nome do cargo que deseja e que tem mais aderência com suas expectativas, por exemplo:

“Objetivo: Gerente de Recursos Humanos”

“Objetivo: Diretora de Impostos”

“Objetivo: Coordenador de Marketing Digital”

  1. Explicar as empresas trabalhadas de forma detalhada:

Não sei de onde vem essa mania, mas muita gente gosta de explicar as empresas onde trabalharam, mesmo empresas enormes, ultra conhecidas e colocam algo como:

“Deloitte, empresa no segmento de auditoria e consultoria empresarial, com mais de 260.000 colaboradores no mundo inteiro, escritório em 150 países e receita anual de USD 38,8 bilhões.”

Isso é totalmente desnecessário, e só ocupa espaço precioso no currículo!!

Se você trabalhou em empresas grandes e conhecidas, como: P&G, Itaú, Apple, Samsung, Pfizer, MSD, KPMG, Michael Page, Nestle, Audi, Ambev… não perca tempo explicando-as.

Se você trabalhou em empresas menores e menos conhecidas, uma breve explicação do setor já basta. Exemplo:

“Munford, consultoria estratégica para pequenas e médias empresas”

“Engemix – construção civil”

  1. Escrever o currículo inteiro em parágrafos longos:

Pesquisas mostram que um recrutador gasta em média 30 segundos para ler cada currículo. Dessa forma, o currículo precisa ser redigido de forma que transmita a mensagem de forma rápida e objetiva, e a melhor forma para alcançar isso é escrever usando itens com frases curtas (1 a 2 linhas), em vez de parágrafos intermináveis.

Use essa tática para o currículo inteiro:

  • no resumo das qualificações,
  • nas descrições abaixo de cada experiência profissional,
  • nos cursos extracurriculares,
  • nos conhecimentos de TI,

etc

  1. Encher a parte de Experiência Profissional com as atividades executadas:

O que eu sempre repito para meus clientes é: currículo não é job description. Ele deve ter as informações que te DESTAQUEM dos outros candidatos.

Dessa forma, não gaste espaço precioso do seu currículo com atividades corriqueiras e óbvias, inerentes ao seu trabalho. Quer um exemplo?

Gerente de Vendas colocando:

– Visita semanal às contas grandes.

– Análise dos principais KPIs da área.

– Elaboração de relatórios semanais e mensais e apresentação dos resultados à diretoria.

Essas não são atividades óbvias de qualquer gerente de vendas de qualquer empresa? Você acha que escrever isso no seu currículo vai te destacar dos concorrentes?

Em vez disso, coloque os resultados impressionantes que você gerou no passado, coloque os motivos pelos quais essa empresa nova deve contratar você e não os outros 149 candidatos a essa vaga. Por exemplo, é muito melhor esse mesmo gerente de vendas colocar:

– Aumento da receita em R$ 30 MM anuais, com a conquista de 10 novos clientes.

– Melhoria dos processos da área de vendas, reduzindo custos em 30%.

– Expansão o mercado para 3 novos estados, aumentando a receita anual em 25%.

Evite ser subjetivo, dê preferencia a informações quantificáveis e específicas, como números absolutos ou percentuais de melhoria.

  1. Contar tudo de forma detalhada:

Também já vimos muitos profissionais que amam contar histórias, algo como:

“Liderei um projeto de redução de custos que envolveu 8 colaboradores de cinco departamentos diferentes: marketing, financeiro, atendimento a cliente, recursos humanos e logística. O projeto durou 9 meses, e analisamos mais de quinze processos na empresa inteira, usando a metodologia de lean six sigma…” e a história vai longe…

Essas histórias são interessantes e envolventes, mas deixe-as para a entrevista.

Em vez disso, foque nos resultados: você liderou um projeto que fez a diferença para a empresa? Então em vez de ficar explicando os detalhes do projeto, simplesmente fale do resultado que ele trouxe!

Lembre-se que o currículo deve ser um documento de leitura fácil e rápida, focando nos seus atrativos e diferenciais. Também lembre-se de usar itens conforme mencionei no ponto 4 acima.

  1. Usar as nomenclaturas da empresa onde trabalhou:

Muitas empresas tem as próprias nomenclaturas para projetos, departamentos, pesquisas, iniciativas… mas essas nomenclaturas não fazem sentido algum para quem é de fora da empresa.

Dessa forma, se você colocar coisas como:

“Liderança do projeto FACT no Brasil”

“Criação do Programa Vale Vida na empresa”

essas informações não vão significar nada para quem está lendo.

Tente “traduzir” aquela nomenclatura para a terminologia comum do mercado, para algo que qualquer pessoa consiga entender.

O mesmo ocorre com siglas. Nesse caso, use somente siglas que são de entendimento geral no mercado ou na sua área, como M&A, P&L, KPI, CAPEX, CEO, RH, SQL, MBA, IFRS…

  1. Colocar todos os cursos que já fez na vida:

Teve um currículo de um profissional com 15 anos de experiência que tinha uma página inteira de Cursos Adicionais.

Não precisa colocar todos os cursos que você fez na vida!! Foque somente nos mais relevantes para a vaga à qual você está se candidatando, e que ao mesmo tempo sejam expressivos.

Analise a expressividade sob a ótica de:

  • duração do curso
  • há quantos anos atrás o curso foi feito
  • relevância para a vaga que você deseja agora
  • seu conhecimento atual naquele tema

Por exemplo: você fez um curso de 2 dias há 10 anos atrás sobre liderança de equipe e você já lidera equipes há 10 anos. Remova esse curso do seu currículo sem dó nem piedade! Certamente sua habilidade atual de liderar equipes já está muito mais sofisticada do que o conteúdo aprendido naquele curso há 10 anos atrás.

Em relação à formação acadêmica, coloque somente a partir do curso superior, ou seja, da faculdade em diante. Ensino primário não deve constar no currículo, e só coloque o ensino secundário se esse for o seu grau máximo de estudo.

De novo: não desperdice espaço precioso no seu currículo.

  1. Colocar todas as feiras de negócios, congressos e palestras que já participou na vida

Vimos muitos currículos onde as pessoas colocavam todas as feiras de negócios que participaram, todos os congressos que foram e todas as palestras que assistiram.

Pense comigo: essa informação é importante para decidir a sua contratação? O recrutador precisa mesmo saber que você foi na AUTOMEC em 2014, 2015, 2016 e 2017? Ou que você assistiu a uma palestra de 1 hora de duração da Luiza Trajano há 5 anos atrás?

Essas informações não agregam muito valor em relação às suas competências, e aos resultados que você pode trazer à empresa, então não gaste espaço precioso no currículo com elas!

  1. Colocar todas as viagens internacionais que já fez na vida

Viajar é muito legal e todo mundo adora, mas não precisa colocar isso no seu currículo. De novo: pense se é relevante, e faz a diferença para avaliar as suas competências e os resultados que você pode trazer à empresa.

Será que faz alguma diferença o fato de você ter visitado o Salão do Móvel de Milão? Entendo perfeitamente que para você deve ter sido uma experiência incrível, mas interessa para o recrutador?

Ou que você foi ao Panamá para uma reunião, visitou clientes em Londres, conheceu a fábrica do fornecedor na China? Tudo isso é muito interessante e agregou conhecimento para você, mas no currículo, essas informações não agregam muito.

O que agrega é se você estudou ou trabalhou por um prazo mais longo (no mínimo 1 mês) no exterior.

Revise esses pontos no seu currículo, e você sentirá a diferença!

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