Mês passado fomos procurados por uma empresa que está iniciando o programa de subsidio de cursos de idiomas para seus funcionários. É muito bom ver que cada vez mais empresas investem no desenvolvimento de seus colaboradores. Mas como implementar uma política de idiomas eficiente?
Eles queriam que o curso de inglês fosse enxergado como uma oportunidade, e não somente como um benefício. E ter um controle rígido, afinal é um investimento significativo que a empresa está fazendo.
O resultado do trabalho foi bem interessante e quero de compartilhar com vocês, pois sei que várias empresas simplesmente subsidiam o curso, mas não tem muito controle sobre o aprendizado e sobre o ROI. Por isso criamos esse guia para você implementar uma política de idiomas em sua empresa também
Para uma política de idiomas efetiva, devemos separar os funcionários em algumas categorias. Aqui estão alguns exemplos, porém isto pode variar de empresa para empresa, por isso sempre fazemos uma análise aprofundada com cada cliente:
a) Must have: funcionários que já possuem contato constante com colegas ou clientes estrangeiros e precisam aperfeiçoar o idioma. Já preparam relatórios, apresentações e participam de conference calls em inglês. Em geral, são profissionais que já possuem uma boa base, porém precisam se comunicar de forma mais efetiva, precisa ou sofisticada (no caso de Gerentes e Diretores).
É a categoria mais importante, pois problemas de comunicação causados pela má interpretação de informações transmitidas ou recebidas em inglês, podem gerar grandes problemas.
b) Future Leaders / High Potential: são funcionários em início de carreira, que devem ter grande exposição ao idiomas em um futuro próximo.
c) Nice to have: funcionários com pouca exposição ao idioma, porém podem precisar do idioma no futuro em caso de mudança de área ou eventual promoção. Dependendo do orçamento, a empresa pode oferecer um subsídio parcial para ajudar o funcionário a se desenvolver.
d) Fluent Employees: funcionários que já possuem domínio do idioma (já atuaram no exterior ou possuem ampla experiência em executar suas atividades em inglês). Neste caso, não é necessário oferecer o curso de idiomas.
e) Not necessary: funcionários sem exposição ao inglês no momento e sem perspectiva futura de precisar utilizar o idioma na empresa.
Em termos gerais, nossa recomendação é a seguinte:
a) Must have: cursos específicos para a área de atuação ou cursos mais intensivos (ao menos duas aulas de 1:30h por semana). Como é um caso de urgência, precisamos de treinamentos que façam o aluno progredir rapidamente.
No caso de Diretoria / C-Level, podem ser oferecidas aulas particulares in-company.
Alguns exemplos de cursos específicos que oferecemos na Outliers:
– Corporate Presentations in English
– Business Writing (online/blended)
b) Future Leader / High Potentials: cursos extensivos, com aulas in-company em turma são a melhor solução para este público. A possibilidade de estudarem juntos e de tratarem de temas relacionados à realidade da empresa, é um mix vencedor.
Os cursos específicos também podem ser interessantes.
c) Nice to have: aqui recomendamos um subsídio menor e a definição de algumas opções de escolas aceitas para o funcionário cursar. Diferente das opções acima em que recomendamos estritamente aulas in-company, para este grupo, abrimos outras possibilidade, porém com menor subsídio financeiro.
Aqui novamente, você deve considerar os seguintes fatores em sua política de idiomas:
– Qual é o meu budget anual?
– Quantos funcionários tenho em cada categoria?
Após isso, é só fazer uma conta, considerando o impacto de cada categoria mencionada acima. Podemos ajudar com esta parte: entre em contato conosco através do e-mail: contato@outliers.com.br
Para saber se o funcionário evoluiu e quanto evoluiu, é necessário saber o seu ponto de partida. Por isso, antes de iniciar o curso de inglês, aplicamos um teste de nível completo, que engloba as quatro competências no idioma: speaking, writing, reading e listening.
Esse mapeamento também é importante para separar as turmas, pois elas precisam ser homogêneas para que haja um maior resultado no aprendizado. Não misturamos pessoas de níveis muito diferentes na mesma turma, pois isso é receita para a insatisfação de todos: os que sabem mais se sentirão entediados por estar vendo algo que já sabem, enquanto os que sabem menos se sentirão apreensivos e ansiosos por não saberem tanto quanto os outros.
Uma vez iniciado o curso, é muito importante controlar as etapas do processo de aprendizado. Ou seja, se o funcionário comparece às aulas, se ele faz as tarefas designadas pelo professor, se ele participa durante as aulas.
Tem muita gente que acha que o simples fato de se matricular num curso vai fazê-lo aprender. Mas não é bem assim. Precisa ir às aulas, estudar e colocar em prática o que aprendeu, somente assim o funcionário terá um aprendizado efetivo.
Mas sabemos que estamos lidando com adultos muito ocupados, por isso, não adianta passar exercícios chatos e irrelevantes de lição, que ele não vai fazer. Na Outliers, as tarefas são totalmente relacionadas ao dia-a-dia e aos interesses dos alunos, juntando o útil ao agradável!
É interessante ter um formato de pontuação mais elaborado para avaliar o aprendizado do aluno, e a obtenção dessa pontuação precisa estar totalmente alinhada aos objetivos do curso. Ou seja: estou investindo para que meus funcionários saibam se comunicar em inglês em situações profissionais. Então os trabalhos e as provas precisam ser relacionadas a situações profissionais.
Acreditamos que somente uma prova ao final do curso não reflita muito o aprendizado. Por um lado a pessoa pode saber muito, mas ir mal na prova por causa de uma enxaqueca, e por outro, ela pode ir muito bem pois decorou tudo, mas depois de 5 minutos da prova já esqueceu tudo. E não é isso que queremos. Queremos um aprendizado real e duradouro.
Na Outliers, as notas finais são compostas por:
– tarefas/participação em aula: geralmente assuntos relevantes, associados ao departamento ou à empresa, como: apresentar um projeto em inglês, reuniões em inglês para falar do lançamento de um produto novo, explicação do resultado da pesquisa de satisfação interna, entre outros assuntos do cotidiano profissional.
– prova final: que consiste em questões discursivas relacionadas ao trabalho do aluno. Por exemplo, numa turma onde os alunos trabalham na área financeira, um dos exercícios da prova final é explicar os motivos da variação do Budget x Actual nos custos de matéria prima. Super desafiante, realista (um dia esses alunos terão que fazer isso na vida real) e nada de decorebinha.
Dessa forma, conseguimos avaliar com realismo a capacidade da pessoa usar o inglês no cotidiano profissional, sem ficar somente na teoria!
7. Controle com certificações padronizadas:
Algumas multinacionais aplicam também certificações internacionais, como o TOEIC. Isso é útil pois padroniza o nível de conhecimento e você consegue fazer comparações de forma homogênea.
Por exemplo: é difícil comparar o nível de um funcionário no Brasil que tem nota 8 na Outliers com um funcionário na Espanha que tem nota 8 numa escola na Espanha, pois as escolas podem ter critérios diferentes de avaliação.
Mas como o TOEIC é um teste padronizado, eu sei que duas pessoas que tem TOEIC 800 tem o nível de inglês bem semelhante.
Esse é um ponto crucial também: definir em quem a empresa continuará a investir, e quem não receberá mais o investimento em idiomas. Se o funcionário não demonstrar interesse e progresso, talvez não valha a pena continuar investindo nele, certo?
A rigidez e a exigência pode depender de empresa para empresa – isso é algo que geralmente definimos junto com a área de recursos humanos e é fundamental para uma política de idiomas eficiente.
Por exemplo, uma empresa mais rígida, que tenha urgência no aprendizado, e horários de trabalho mais previsíveis (ou seja, os alunos terão menos necessidade de faltar por causa do trabalho) pode demandar:
– Presença: 85%
– Entrega de tarefas: 90%
– Nota final: mínimo 8,0
Enquanto uma empresa que não tenha tanta urgência no aprendizado, e tenha muita imprevisibilidade no trabalho (ou seja, pode haver muita necessidade de trabalhar até tarde, ir visitar clientes, fazendo com que o aluno falte às aulas), pode estabelecer:
– Presença: 70%
– Entrega de tarefas: 90%
– Nota final: mínimo 7
Sua empresa também está pensando em implementar ou rever o investimento em cursos de idioma para seus funcionários? Quer ajuda para implementar seu programa e política de idiomas? Converse com a Outliers!
contato@outliers.com.br
(11) 99345-7065
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